Viáfara, do Vitória, e Márcio, do Atlético-GO, começaram a arriscar faltas e pênaltis por causa do camisa 1 do São Paulo, autor de 100 gols na carreira.
O homem que fez 100 gols, mas usa luvas, é uma fonte de inspiração para outros da sua posição. Rogério Ceni ilustrou os sonhos de goleiros que começaram a bater faltas e pênaltis por causa dele e de sua celebração máxima ao balançar a rede de um oponente. A sensação de marcar um gol é ainda mais especial para os donos da camisa 1, que sofrem constantemente tentando evitar a alegria dos adversários. Quem não quer ser o responsável por fazer o placar crescer, mas de forma positiva? Assim surgiram os discípulos de Ceni.
Viáfara é um deles. Hoje defende as traves do Vitória e é o cobrador oficial de faltas e pênaltis desde que Ramon deixou o clube. O colombiano treina diariamente o fundamento, mas quando estava em seu país encontrou dificuldades para arriscar a função de goleador. Além de Ceni, o paraguaio Chilavert e o colombiano Higuita também foram fontes de inspiração para o arqueiro, que atuava como atacante quando era jovem.
- Sempre gostei de fazer gols. Desde pequeno comecei como atacante e acho muito legal balançar a rede. Sempre tive essa vontade de marcar. Encontrei um clube que me apoiou e consegui aperfeiçoar uma virtude que eu tenho que é bater bem na bola. Peguei conselhos e aulas com o Ramon e hoje fortaleci esta função. Mas encontrei na carreira muitos treinadores que não permitiam. Isso aconteceu mais na Colômbia que aqui no Brasil. No Atlético-PR nunca treinei. O Vagner Mancini foi o primeiro que me deu confiança, a mesma que recebo hoje do Antônio Lopes - celebra o camisa 1 do Vitória.
O colombiano aproveitou para parabenizar Ceni pela marca que, segundo ele, representa uma vitória para todos os goleiros.
- Deve ser uma sensação muito boa chegar aos 100 gols. Existem muitos jogadores de linha que não têm nem dez gols em suas carreiras. Admiro o Rogério como profissional, e tomara que não sejam apenas 100 gols, que ele possa continuar e fazer muito mais. Essa marca dele motiva qualquer goleiro para treinar. Ele abriu as portas para que os treinadores permitissem que os goleiros tivessem essa chance de cobrar faltas e pênaltis.
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Viáfara tem sete gols na carreira e destaca como o mais importante um marcado contra o Corinhtians, no Brasileiro do ano passado (assista ao vídeo). A equipe baiana perdia por 1 a 0 e conseguiu garantir o empate no Barradão justamente com o gol do goleiro, de pênalti.
- Estávamos atrás no placar, era um momento tenso e para mim foi a melhor sensação dos sete gols que eu marquei - acrescentou o jogador.
Outro seguidor dos preceitos de Ceni é Márcio, do Atlético-GO. O camisa 1 reforça que iniciou o treinamento em faltas justamente por causa do ídolo são-paulino. O maior desejo do arqueiro é poder enfrentar o mestre e conseguir marcar um gol nele.
- Eu comecei me espelhando no Rogério Ceni, ao vê-lo fazendo gols. É claro que o nível ainda não é o mesmo, mas estou trabalhando muito para alcançar o mesmo patamar, pois ele é um grande inspirador. No caso de confrontá-lo, existem os dois lados: eu cobrando a falta ou defendendo. Aguardo este momento com muita ansiedade, pois será a realização de um sonho. Eu ficaria muito feliz em ter uma oportunidade de poder cobrar uma falta contra ele e ter êxito. Também ficaria muito honrado ao defender uma falta cobrada por ele - ressaltou.
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- Tenho apoio dos meus companheiros de equipe e do treinador, então vou continuar trabalhando e me dedicando para anotar mais gols.
Outros nomes adotaram a característica de Ceni de bater faltas e pênaltis como o goleiro Tiago, do Bahia; Bruno, que fez gol com a camisa do Flamengo, mas é suspeito do desaparecimento de uma ex-namorada e está preso; Zé Carlos, com passagens por Criciúma, Paraná e Avaí; e Fabiano, Denis e Leonardo, que estão no plantel do São Paulo e aprendem todos os dias com o ídolo. A escola de goleiros-artilheiros está só começando a aumentar. Afinal, os donos da trave também merecem comemorar um gol, e não apenas evitar que eles aconteçam.
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