As boas atuações de Lucas Beraldo com a camisa do São Paulo jogo após jogo têm feito o zagueiro ganhar holofotes e se valorizar cada vez mais. O clube, porém, tenta se blindar para não perder a promessa de 19 anos rapidamente e por um valor baixo. Ele tem contrato até junho de 2026.
Um dos temores do Tricolor é de que o assédio europeu mexa com a cabeça de Beraldo em propostas que devem chegar já na janela de transferências do meio do ano. O clube se resguarda com a multa de 60 milhões de euros (cerca de R$ 324 milhões, na cotação da última sexta-feira).
Dificilmente um zagueiro é vendido no Brasil por um valor tão alto como o da multa em contrato, mas o São Paulo não pretende aceitar qualquer oferta pelo jogador. Em primeiro lugar, porque acredita que Beraldo tem um potencial enorme e vale bastante dinheiro. Em segundo, porque o Tricolor tem apenas 60% dos direitos econômicos, e para faturar bem precisa vender melhor ainda.
Quando foi contratado das categorias de base do XV de Piracicaba em 2019, Beraldo teve seus direitos econômicos repartidos. O São Paulo comprou os 60%, enquanto 20% ficaram para a equipe do interior paulista e os outros 20% com o próprio jogador.
Diante dessas circunstâncias, o Tricolor estudará propostas que chegarem para que o negócio seja financeiramente vantajoso. Uma opção seria adquirir porcentagem do XV ou do próprio Beraldo, mas o clube não comenta a possibilidade.
Quando Antony foi vendido ao Ajax, por exemplo, o atacante abriu mão dos 10% a que tinha direito para que o São Paulo conseguisse uma negociação ainda melhor com os holandeses.
Até o momento, não há propostas oficiais por Beraldo, mas o clube acredita que é inevitável o assédio pelo que o jogador tem apresentado em 2023. Ele se tornou titular absoluto ainda com Rogério Ceni e segue em alta com Dorival Júnior.
No último sábado, ele fez o seu primeiro gol pelos profissionais na vitória por 4 a 2 sobre o Vasco.
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